quarta-feira, 29 de abril de 2009

QUEM PODERIA IMAGINAR?

Ontem à tarde, horas antes do último capítulo de "Chamas da Vida", eu estava elogiando a novela. Disso, não me arrependo. Foi a primeira novela da Record que efetivamente acompanhei, e não resta dúvidas da qualidade com a qual a trama contou durante todo o seu desenrolar. Garanto: este é o último texto que dedico à novela, e diga-se de passagem, muito triste.

Os telespectadores não poderiam imaginar o que a Record faria com o último capítulo de uma novela tão boa. Foi no mínimo muito decepcionante, e repito, para dizer o mínimo. Nós, que assistimos à novela durante quase dez meses, nos sentimos ridicularizados por não termos conseguido assistir a um final decente. Onde já se viu, a morte de Arlete, personagem de Jussara Freite, uma mulher que lutou pela posse de sua fábrica, pela felicidade da família, perdeu o marido e, no fim, nem sequer conseguiu assistir ao casamento de Carolina? E você, leitor, que não viu a novela mas ouviu falar do incendiário misterioso? Pois é, ele foi descoberto apenas pela vilã e não pagou por nenhum dos seus crimes. E eram dois: Léo e Darlene.

Não vamos ficar citando a história do capítulo, até porque boa parte dos personagens sequer teve final. Tudo passou a impressão de uma coisa mal-feita, corrida, às pressas. Cenas sem nexo, sem ligação alguma, mortes absolutamente ridículas que ninguém esperava. Marreta e Manu, que a direção fez questão de colocar como suspeitos de ser o tal incendiário, simplesmente morreram fuzilados quando todos esperavam no mínimo um final feliz para os dois. E Andréia Horta com sua Beatriz, que quase nem apareceu no capítulo? Foi essa a importância que ela teve para a história?

Estou francamente muito decepcionado. Fica a impressão de que, no final das contas, a Record poderia ter feito infinitamente mais. Grandes personagens, grandes atores, grande história, simplesmente tiveram o pior final de novela que eu já vi na minha vida; nenhuma das grandes novelas que o SBT produzia teve algo parecido. Lamentável.

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