SOLUÇÃO PARA A BELA

Ontem, assistindo a mais um capítulo de "Bela, a Feia", não me restou sombra de dúvida: aquela é a novela dos tão sonhados 20 pontos. A qualidade é excepcional, o elenco de primeira, os cenários idem. A história da novela, mesmo já sendo conhecida pelo público, está se tornando mais interessante a cada dia. Então, resta a pergunta: por que a nova trama da Record capenga em torno de 10 pontos de média?

Esta semana, o programa "Esquadrão da Moda" bateu "Bela" no ibope. Na média geral, empataram em míseros sete pontos, razoável para o reality do SBT e péssimo para a novela da Record. Em plena quarta-feira, quando a Globo exibe o futebol e encurta a duração da novela das oito, a novela não consegue passar dos 10 pontos de média. O que está acontecendo? Por que uma novela leve, com história saudável, que recebeu tantos investimentos e transborda qualidade amarga um dos menos públicos que a Record já conquistou com suas novelas?

Flávio Ricco, um dos melhores críticos de TV do país, assistiu à novela e atestou sua qualidade. Perguntou-se em sua coluna, tal qual eu me pergunto, qual é o problema de "Bela". E ficou claro, após sua avaliação e seu veredito, que o horário é o drama que envolve a comédia da mocinha feia.

O melhor horário seria o recomendado pelo Flávio Ricco: oito e quinze, após a novela "Caras & Bocas", entrando junto com o "Jornal Nacional". Há uma grande troca de público, que adora novela mas detesta telejornal e que trocaria de bom grado a Globo pela Record neste momento. A emissora da Barra Funda consegue facilmente flexionar seus horários para entrar com o "Jornal da Record" mais cedo e colocar a novela quinze minutos antes do previsto. Se vai fazer isso ou não, é outra história.

As pessoas precisam descobrir que não há mais mutantes ocupando o horário das nove na Record. Agora, há uma nova trama, infinitamente superior em qualidade e que ainda pode cativar muitos públicos. Precisa só de uma ajudinha, e nós torcemos para que consiga.

>>> Essa história de "Tudo a Ver", de novo, já deu nos nervos. O programa já foi bom quando tinha Paulo Henrique Amorim no seu comando, logo quando começou, mas hoje, serve mais como tapa-buraco e não deve durar muito na programação. As pessoas, sabendo disso, nem assistem.