Dia 4, a era das novelas mexicanas retorna ao Brasil com "Bela, a Feia". A nova novela da Record é fruto da parceria da emissora com a Televisa, ex-aliada do SBT em terras tupiniquins. E por mais que os laços que unem a emissora mexicana à Record sejam muito diferentes dos que a uniam ao SBT, fica a pergunta: será que a rede da Barra Funda, com tantos autores competentes, precisava disso?
Com certeza, não. Mas a Record viu alguma vantagem nessa parceria, que não divulgou, o que, do ponto de vista de uma empresa é perfeitamente compreensível. Acima de tudo, é notável como a rede paulista mobilizou profissionais e contratou outros para dar vida à nova novela. "Bela, a Feia" é a primeira trama da Record, por exemplo, a receber uma cidade cenográfica, já pronta e recebendo as gravações.
"Bela" com certeza virá para enriquecer a teledramaturgia da Record. A competência de Gisele Joras, autora encarregada de adaptar a trama, também deve ser aproveitada ao máximo. O que não dá para esquecer é que a emissora tem autores maravilhosos, cujo talento vai muito além de uma simples adaptação. São pessoas como a própria Gisele com "Amor e Intrigas", Cristianne Fridman, Marcílio Moraes, Lauro César Muniz, Margareth Boury, Ana Maria Moretzsohn, e outros que já passaram pela rede e hoje não integram mais o seu cast, como Bosco Brasil e Renata Dias Gomes. Pessoas cujas tramas de absoluto sucesso foram cruciais para fortalecer o departamento de teledramaturgia da Record nos últimos cinco anos. Sem elas, já ficou óbvio, não haveria hoje a confiança e a força que as novelas da rede conseguiram criar sobre o público e os profissionais.
>>> Aliás, a novela "Poder Paralelo" continua maravilhosa. A melhor opção para depois das dez da noite, sem a menor sombra de dúvida. Não justifica de maneira alguma os índices medianos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário