Recentemente, a revista Veja lançou uma reportagem, de capa, com o título "Eles Venceram". Na matéria, a publicação destacava a relação de amor e respeito que humanos e cães desenvolveram ao longo dos séculos, e que, hoje, já atingiu níveis impensáveis. O ranking do consumismo, por exemplo, é ocupado em primeiro lugar pelas mulheres, e os homens chegaram em terceiro. Adivinhem quem ocupa a vice-liderança?
Esta, da foto, é Pituca, uma cadelinha vira-lata que vivia abandonada em Santa Catarina, nos arredores de uma delegacia. Ela, como um bom vira-lata, jamais fez mal a alguém. Apenas vivia ali porque os funcionários da penitenciária lhe davam comida, e talvez carinho, coisa que todos os cachorros buscam e nem todos têm.
Há duas semanas, Pituca foi atingida por três tiros. Ela não estava atacando um ser humano, o que talvez justificasse a atitude. Pituca apenas passava quando dois animais decidiram treinar tiro ao alvo na cadelinha. Três disparos que a fizeram agonizar por uma noite inteira.
No início da tarde de segunda-feira (21), Pituca foi encontrada por duas funcionárias da penitenciária. Milagrosamente, estava viva, e mais milagrosamente ainda, nenhuma das balas atingiu algum órgão. Após alguns dias, Pituca estava recuperada, e a clínica veterinária tem recebido ligações de pessoas interessadas em adotá-la.
Agora, vamos à pergunta que interessa: o que leva uma pessoa a maltratar desta maneira cruel e selvagem um animal que busca e leva apenas amor? Por que atirar três vezes, o triplo de uma maldade que já seria terrível, num cachorro, que ama a seu dono de maneira incondicional e irrefutável? Para quê? O que alguém ganha vendo a agonia e a dor de um animal, absolutamente incapaz de fazer mal a alguém e principalmente, de se defender?
Os dois suspeitos que dispararam contra Pituca estão presos. Maltratar animais não é apenas uma crueldade e uma atitude injustificável, mas um crime. Não só contra o Estado, mas contra o amor de Deus. O carinho que um cão é capaz de dispensar somente pode ser obra de Deus, que envia esses bichinhos para amenizar a dureza do dia-a-dia. E eu agradeço a Ele todos os dias por esse presente.
No final, a história de Pituca será feliz. Ela terá um lar e uma família que a ame da maneira que ela merece. Apenas se lamenta que, em pleno século XXI, era da tecnologia e da inteligência, aainda haja pessoas capazes de praticar um ato tão cruel e selvagem.
E é isso.
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